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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Moda das farinhas ajuda na perda de quilos indesejados


Quem passa nas gôndolas dos supermercados hoje em dia fica surpreso com a variedade de farinhas disponíveis. Além das tradicionais farinhas de milho, mandioca e trigo (branca e integral), já podemos comprar os pós feitos de ingredientes como batata-doce, beterraba, feijão, linhaça, castanhas e até outras mais improváveis, como as de coco, banana verde e maracujá.

A moda de transformar tudo em farinha é mais uma consequência da nossa falta de tempo para tudo – inclusive para comer os alimentos in natura. Mas isso não necessariamente precisa ser ruim. “A farinha tem maior concentração de nutrientes porque passa por um processo de desidratação”, comenta a professora de nutrição e gastronomia Lorenza Gallo, que dá aulas na Universidade de Brasília (UnB).

A tendência tem outra razão: as farinhas também dão aquela mãozinha para perder os quilos extras, mesmo que de forma indireta. “Algumas farinhas, como a de linhaça e de maracujá, possuem grande quantidade de fibra, o que auxilia no funcionamento intestinal. Além disso, as fibras proporcionam sensação de saciedade e ajudam no controle da glicemia (açúcar no sangue) e do colesterol sanguíneo”, explica a professora. Some-se a isso o fato de a doença celíaca estar se tornando mais conhecida, e temos o cenário ideal para a inclusão desses ingredientes no dia a dia das famílias.

Cada uma delas tem um efeito peculiar nas receitas. Por isso, às vezes, é necessário combiná-las com outros ingredientes para obter um resultado gostoso.

“Para compensarmos os efeitos nas texturas e estabilizar nossas receitas, podemos utilizar diversos produtos de acordo com a particularidade de cada preparo. Por exemplo: os ovos amaciam e estabilizam a massa, a goma xantana engrossa os alimentos, a transglutaminase ajuda na formação da estrutura, a gelatina sem sabor engrossa e dá liga à massa, e a goma guar engrossa e dá textura”, ensina a nutricionista Márcia Betânia Silva Braga, conselheira do Conselho Regional de Nutrição em Minas Gerais.

Tem glúten

Celíacos de olho. Além da farinha de trigo, as farinhas de aveia e cevada também contêm glúten. Portanto, pessoas com a doença celíaca e com intolerância não devem consumi-las.

Melhor mesmo ainda é comer os alimentos mais naturais

Mesmo sendo uma boa opção para o consumo de vitaminas, carboidratos, fibras e antioxidantes, as farinhas não devem substituir as refeições. “Elas devem complementar a refeição, e não substituir”, alerta a nutricionista Lorenza Gallo.

Ela afirma que não há restrição quanto à inclusão dos diferentes tipos de farinhas no dia a dia de todas as pessoas, mas com algumas observações. “É importante lembrar que a prioridade deve ser sempre para os alimentos mais naturais”, orienta. Além de todos os nutrientes que as farinhas possuem, os alimentos não processados ainda contêm uma boa quantidade de água, que contribui para a hidratação.

Sem a água dos alimentos, também é preciso ficar atento às quantidades, ou corre-se o risco de ingerir uma soma calórica maior que a necessária e acabar ganhando peso.

Fonte: O Tempo

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